Conheça as FricTechs, as empresas que estão revolucionando a experiência do consumidor

O termo FricTech (abreviação de Frictionless Technologies, em inglês) refere-se ao conceito sobre tecnologia desenvolvido com o propósito de tirar atrito na jornada do cliente e aprimorar a experiência do consumidor. O neologismo tem circulado entre trendhunters no Vale do Silício como uma das maiores tendências para 2020 e também pode ser atribuído a startups especializadas nesse tipo de inovação. 

Tirar o atrito da jornada do cliente é algo novo?

O propósito por trás do conceito não é exatamente novo, pois já existem tecnologias consolidadas e que também foram criadas com essa finalidade, trazendo mais conveniência à experiência do consumidor. Veja alguns exemplos:

• Tag/adesivo que é colado nos vidros dos carros para pagamento automático e liberação de acesso em pedágios, estacionamentos e estabelecimentos credenciados mediante cadastro e pagamentos de uma assinatura;
• Cartões contactless para pagamentos por aproximação em transações bancárias, eventos, estabelecimentos, transporte público etc.;
• Sistema de inspeção prévia em aeroportos que permite que os passageiros com cadastro em programas de viajantes de confiança do DHS (Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos) passem pelos pontos de inspeção de segurança sem precisar ficar na fila de embarque.

Por quê retirar o atrito melhora a experiência do consumidor?

Em todos os casos, o objetivo das soluções é o mesmo: aumentar receitas e consumo com o aprimoramento da conveniência durante a jornada do usuário/cliente graças à eliminação do atrito, seja ele qual for: filas, senhas ou a necessidade de portar documentos ou dinheiro em espécie. 

A característica inovadora dos sistemas biométricos

Mas a novidade que está quebrando paradigmas em experiência do consumidor são as soluções FricTech que utilizam reconhecimento facial para eliminar ainda mais o atrito e a complexidade em transações comerciais, acesso e autenticação de clientes, sem precisar utilizar cartões, celulares ou código de barras, apenas com o cadastro do próprio rosto num aplicativo. 

Essa inovação permite aplicações em sistemas de: 

• Autorização de pagamentos – Na China, cerca de mil lojas de conveniência já instalaram o sistema biométrico e mais de 100 milhões de chineses fizeram o cadastro em aplicativos que permitem realizar pagamentos apenas com um movimento de suas cabeças. Outra que também aceita pagamentos com a face em suas lojas nos Estados Unidos e no Canadá é a rede de fast-food CaliBurguer que atrelou o meio de pagamento ao seu programa de fidelidade e, após um ano de implementação, contava com pelo menos 20% dos clientes de sua base com as selfies cadastradas;
• Acesso a condomínios e espaços de entretenimento – Empresas como a Live Nation, da Ticketmaster e estádios, como o Yankee e o Citi Field, nos EUA, estão revolucionando a experiência do consumidor, investindo em bilheteria e acesso a shows, festivais de música e eventos esportivos com reconhecimento facial;
• Autenticação de alunos de escolas e usuários de plataformas de ensino à distância – No Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), os professores utilizam um aplicativo com sistema  de reconhecimento facial e inteligência artificial para realizar as chamadas e otimizar o tempo em sala de aula. 

Quem inventou o termo FricTech?

Quem está por trás do conceito FricTech é um brasileiro: o empresário André Barretto, fundador da startup Unike, a primeira FricTech do mundo a desenvolver soluções com uma única proposta, criar ofertas e soluções tecnológicas cujo objetivo é reduzir o atrito na jornada do cliente e aprimorar a experiência do consumidor.

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